# Desabafo: Sobre a Rebelião no Presídio em Manaus

Este é um dos meus primeiros postas de um quadro que eu vou chamar de #Desabafo.

Vez em quando vejo alfo ou leio alguma coisa que me toca, me revolta e que me impele a me expressar. Daí resolvi que este será meu espaço pra desaguar tudo o que eu sinto, mesmo que venha me arrepender depois. Até porque o 'depois' nem sempre existe; temos quase sempre, apenas o 'agora' e até ele é tirado de nós.

sem mas delongas vou colar o texto que eu escrevi primeiro na minha página pessoal do Facebook, ao ler um post muito alinhado com o que penso na maioria das vezes, sobre bandidos. Não que eu seja ruim ou deseje algo de ruim para meu próximo (o bandido também é meu próximo), mas desejo bem mais que o mundo seja justo para todos, inclusive para meus filhos também que podem ou não verter pro caminho do mal, embora eu os ensine na contramão desse caminho.

Então vamos ao desabafo inaugural? Em seguida posto o texto com créditos do moço que me motivou a escrever meu primeiro desabafo

" Pois é, pois é, pois é... Aqui se faz aqui se paga. e nem adianta dizer q não sinto na pele pq já senti uma vez vc sabe o que é visitar um parente preso? Num presídio? Pois é... eu sei; e não é nada legal. Mas a culpa é minha, ou da mãe dele? Nao, pq minha tia foi uma ótima mãe esforçada até o fim dos seus dias pra cuidar dos filhos tanto os de perto qto os de longe. Se ele ainda é vivo? Não, infelizmente. Mas, mais infelizmente pra ele q pra mim q posso desfrutar da minha liberdade, com responsabilidade. Como eu disse, repito mais uma vez: Aqui se faz, aqui se paga. Procuro ensinar demais meus filhos sobre o certo e o errado e sobre a consequência de ambos. não adianta olhar pra vida do outro, não adianta tomar conta do filho do vizinho se dentro da sua casa tudo funciona na mais completa desordem. Por isso q a Bíblia insiste q devemos ensinar no caminho em que se deve andar, mas não só o caminho de casa pra escola, ou de casa pra igreja, ou de casa pra o cursinho de inglês, ou sei lá do que. É ensinar q mesmo andando por estes caminhos exitem escolhas a serem feitas e que elas devem ser bem pensadas pra não refletirem mal num futuro nem tão distante. É claro q a gente se sente mal por um prende, ou um amigo q se perde no caminho da vida e se envolve em parada errada, mas pena do que ele vai sofrer no futuro, tenho não. pq com certeza em alguma hora da vida, escutou milhares de conselhos e simplesmente deu de ombros, pq a gente sabe q é assim q fazemos qdo queremos e e insistimos numa parada principalmente se ela está errada. Direitos humanos são pra todos os q são humanos, não só pro pobre q está na cadeia, mas também pra minha prima q acabou de ser assaltada, e com certeza o sem vergonha do bandido não levou em consideração o tanto q ela rala pra batalhar ter alguma coisa na vida. Consideração eu tenho por quem respeita o próximo e quem zela pelo bem do próximo, e não por quem teima em tornar a vida do cidadão de bem num verdadeiro inferno!!! "

Por Glenda Candido

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"Aqui vai uma ideia nova: a culpa do massacre no presídio é de quem massacrou. A melhor forma de não sofrer com as condições ruins dos presídios brasileiros é não ir preso. Quanto aos criminosos condenados - esses indivíduos que atiram na cabeça de pais de família para roubar um celular, ou que agrediram a Josefa, às 4:30 na manhã, na fila de ônibus de um subúrbio carioca - com esses eu não gastarei um minuto da minha preocupação. Não importa o que os sociólogos, cientistas políticos e jornalistas da GloboNews fiquem repetindo. Não importa a opinião da Regina Casé ou do Greg Duvivier. Não deixe que nenhum idiota venha te dar licão de moral usando um presídio cheio de bandidos como exemplo. O Brasil tem 500 mil mandados de prisão pendentes. É preciso multiplicar o número de celas e enchê-las com os marginais que infestam nossas ruas. Eu convoco vocês: para cada post denunciando as "condições subhumanas" dos presídios brasileiros vamos fazer um post com os nomes das vítimas dos bandidos. Vou começar: Isabella Nardoni, João Hélio, Maria Cláudia Del'Isola, Lucas Terra, Liana Friedenbach, Daniela Perez. Um país que se preocupa mais com criminosos presos do que com as vítimas deles não tem futuro. E o meu país terá futuro, sim. Tudo começa com as ideias. (Nota da redação: observe esse docinho ai no telhado, do lado direito, segurando uma arma perfurante. Ele tem direito a visitas íntimas, saída temporária em 7 feriados durante o ano, progressão de regime e bolsa-presidiário de mil reais. Nas horas vagas ele usa o celular para aplicar o golpe do falso sequestro ligando pra sua casa) ( Nota 2:Tortura é crime contra a humanidade e inaceitável em qualquer circunstância. Mas a culpa pelo que acontece nos presídios é dos que lá estão. Nunca se falou tanto de direitos humanos no país. Desde a década de 80 as penas dos criminosos vêm ficando mais leves e aumentam os direitos dos presos. É fato incontestável. Em 1980 ocorreram 13.000 homicídios no Brasil. Em 2015 ocorreram 65.000 homicídios. As prisões brasileiras são terríveis ? Terrível é a vida aqui fora). (Nota 3: Guardar presos é função do Estado. Mas não existe nenhuma prisão decente em países em desenvolvimento. Mesmo em alguns países do primeiro mundo as prisões são terríveis [vejam essa história aqui: https://goo.gl/jV7WrX]. Claro que o ideal é que todos os presos tenham espaço decente, comida, recreação e cuidados médicos. Mas qual é o Estado que vai prover isso ? O mesmo Estado que só elucida 5% dos 65 mil homicídios anuais ? O Estado que reduziu o PIB do país em quase 10% nos últimos dois anos ? Não esqueçam que cada real gasto com presos é um real a menos gasto com escolas [ah como eu adoro usar argumentos esquerdistas ao contrário!]. Todos são livres para chorar pelos presos. Eu vou guardar minhas lágrimas pahttp://seispormeiaduzia.blogspot.com.brra a Maria Cláudia Del'Isola: https://goo.gl/cPhws8) -------------------------------------- E começam a pipocar os comentários da esquerda aí embaixo, chamando esse texto de "discurso de ódio". Aqui não tem ódio nenhum, pelo contrário: esse texto transborda de amor à minha família, à minha cidade e à minha pátria. Trato a todos com respeito, cumpro as leis e trabalho todos os dias para criar um mundo melhor. Quem propaga o ódio são aqueles que, como diz Thomas Sowell, querem transformar em normal a violência, o desrespeito e a brutalização do homem em nome de ideologias. " Por Roberto Motta

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Segue o link da page no facebook do dono do texto que me trouxe a esse primeiro momento de lavagem de alma:

Roberto Motta no facebook

https://www.facebook.com/OuFicarAPatriaLivre/

Roberto Motta é autor e esctor do blog Seis Por Meia Dúzia

http://seispormeiaduzia.blogspot.com.br

#rebelião #escolhas #desabafo #justiça #revolta